quinta-feira, 14 de julho de 2011

Playlists e pessoas

Você é daquele tipo de pessoa que adora música? Que não sabe fazer faxina na casa sem colocar um som ou pegar a estrada curtindo uma baladinha suave? Daquele tipo de pessoa que acorda com música na cabeça e às vezes passa o dia inteiro com um refrão tocando na mente?

Eu tenho soundtracks diferentes para cada momento da minha vida, dependendo do meu estado de espírito, dependendo da estação. Quando estou de boa, escuto pop rock nacional, umas baladinhas românticas. Se estou num dia de TPM feelings ou quando alguma coisa me chateou, escuto rock pesado. Se quero inspiração para escrever [além do bom e velho café], escuto folk ou bandas mais alternativas. Se estou com dor de cotovelo, escuto blues ou jazz, pois o estilo e a batida me agradam. Se estou me arrumando para a noitada, escuto umas batidas eletrônicas. Viu?

Vivo de música. Respiro música. Preciso de música.

As músicas que escuto - quase todas - falam pelos meus sentimentos e/ou situações da minha vida. É inevitável. É até difícil dissociá-las daquele momento ou pessoa específica. Bem, o perigo mora aí, pois se uma música que você gosta hoje estiver associada a alguém , imagina se você deixar de gostar da pessoa ou se decepcionar com ela... Você vai lembrar de tudo, querendo ou não querendo, toda vez que escutar a bendita música.

Uma vez ví um tweet que dizia: "Você percebe que não presta quando cada música da sua playlist lembra alguém". Será mesmo? Confesso que essa teoria não está errada por completo, mas deve haver exceções para as pessoas [raras, mas existentes], o que não vale para mim.

Minhas músicas sempre vão me fazer lembrar ou pensar em algo. Exemplos: eu adoro Norah Jones e sempre que escuto, lembro da viagem de ida à um trabalho meu que era bem distante de casa. Não está associada a alguém específico, no entanto está associada a uma situação. Outro: odeio escutar Roberto Carlos. As letras são lindas, o ritmo é bom e a voz dele é bonita, mas me lembra um rolo que eu tive ano passado. Quando minha mãe escuta, eu fico lembrando que ele se casou ["Não adianta nem tentar me esquecer..."]. Ou então, quando escuto 18th Floor Balcony, da minha banda preferida Blue October, eu fico pensando em um amor "sem medo, sem receios e sem medida" e "afirmo com vontade" que é algo maravilhoso de poder guardar no coração!

As lembranças fazem parte do seu passado, do que já foi vivido, mas não significa que precisam ser revividas. Elas servem para lembrar com nostalgia o que foi bom e lembrar o que te machucou no passado, mas que não pode se repetir. Elas servem para lembrar de onde você veio e como veio parar aqui. Lembrar de quem você realmente é, e lembrar das lições que aprendeu quando caiu.

Então pessoas lindas, quem nunca lembrou daquele cafajeste escutando Sorriso Maroto ou de seu grande amigo ido para nunca mais voltar escutando Keane ou daquela noitada no clube com uns amigos ao som de Tiësto de cardápio "cereja do bolo" que jogue o primeiro comentário.

Xxxxx

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